O aumento dos casos de ansiedade e depressão na adolescência preocupa
pais, professores e técnicos de saúde. Os motivos são vários: foco
excessivo no sucesso, medo de fracassar e situações de tensão a nível
familiar.
O estudo National Health Behaviour in School HBSC/OMS, de 2014 (com uma
amostra de 6 026 adolescentes do 6º ao 10º anos) mostra que nem tudo vai
bem com os jovens portugueses. Entre 2010 e 2014, “houve menos 3,4% de
alunos a gostarem da escola e aumentarem os sinais de mal-estar,
desesperança e dificuldade em lidar com conflitos”.
Tais resultados traduziram-se no plano psicológico: “Os que responderam
que se sentem nervosos diariamente passaram dos 6,2% para os 8,4%; os
que se dizem irritados quase todos os dias eram 3,7% e agora são 5,9%; e
os que estão tristes ao ponto de parecer que não vão aguentar
situavam-se nos 3,8%, uma percentagem que subiu para os 5,5%.” O projeto
ES’COOL – Promoção da Saúde Mental nas Escolas, que envolveu 200
professores, permitiu apurar algumas causas: “Pressão ligada aos
resultados escolares, problemas no ambiente familiar e nas relações
interpessoais.”
Academia de Cultura e Solidariedade Ramiro Freitas